sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa

É tempo de Páscoa. Troca de chocolates, comércio aquecido, feriado prolongado e convite para horas preguiçosas. Muitos porém, ainda guardam o sentido religioso da época. Cristãos resguardam-se de exageros durante a quaresma, período que antecede a Páscoa, e resignam-se na Semana Santa, com maior introspecção na Sexta Feira da Paixão, data em que se rememora, segundo os Evangelhos, as últimas horas do martírio de Cristo, para no Domingo Pascal  celebrarem Sua ressurreição. Curioso, que neste hiato temporal entre a Sexta e o Domingo, no Sábado, há um ritual tradicional entre os Cristãos, claramente simbiótico entre paganismo e religião, de se "malhar o Judas", que consiste em espancar, apedrejar, dar pauladas e outras agressões em um boneco enforcado, confeccionado especialmente para a ocasião, no que ilustra a "vingança" material e humana contra o Apóstolo Judas Iscariotes, delator de Jesus. Ressalte-se a vulgar coincidência entre os nomes Judas e Judeus, além de que é justamente no dia do "Shabat", o dia do Sábado, que é sagrado para a religião Judaica, que tal encenação se dá.
Já para os Judeus, a Páscoa é celebrada para relembrar a libertação do Povo de Israel da escravidão no Egito, como é narrado no Livro do Êxodo. Os Judeus celebram a Páscoa por oito dias, e tem seu apogeu com um banquete ritualístico, regido por uma espécie de manual, o "Seder de Pessach", conforme é instituído pela Sêfer Torah, a Bíblia Hebraica em Shemot 12, 14 (Êxodo, Cap. 12, vers. 14): "Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra de Adonai: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua ."


Do original "Pessach" em hebraico, do latim  "Pasqua"  ou Páscoa, vale mesmo o espírito reflexivo deste tempo, onde o significado, em qualquer cultura ou religião, é o de libertação, passagem e esperança.


Chag Pessach Sameach! 
Ou, Feliz Páscoa!



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